Imigração para o Reino Unido: entenda a mudança de regra para entrar no país

Milhares de brasileiros imigram para fora do país todos os anos. As razões para fazer essa mudança são muitas, como a busca de melhor qualidade de vida, desenvolvimento profissional, educacional ou simplesmente porque desejam conhecer a vida e a cultura de outro lugar.

Isso não seria diferente com relação à imigração ao Reino Unido, porém neste mês de março entram em vigor algumas novas regras. O governo britânico tem como meta reduzir a migração legal, após estatísticas oficiais terem mostrado que a diferença entre imigrantes e emigrantes atingiu número recorde.

Neste artigo da Western Union Brasil, nós vamos te atualizar sobre todas essas mudanças. Confira a seguir na íntegra!

Quantos imigrantes chegam ao Reino Unido?

Em uma pesquisa realizada pelo governo britânico, no ano que terminou em junho de 2023, um total de 1.180.000 pessoas foram para o Reino Unido com a expectativa de permanecer pelo menos um ano, e cerca de 508.000 partiram. Ou seja, o saldo migratório foi de 672 mil.

Nos 12 meses até junho de 2023, a migração líquida para a União Europeia foi de 86 mil negativos. Ou seja, mais cidadãos da UE deixaram o Reino Unido do que chegaram. Antes, a grande maioria das pessoas que chegaram ao Reino Unido era proveniente de países fora da União Europeia.

No entanto, com o Brexit, a livre circulação de pessoas nacionais da UE terminou em 1º de janeiro de 2021, o que explica o saldo negativo.

Já a imigração ao Reino Unido de países fora da União Europeia foi de 768.000. As três principais nações desta lista foram Índia, Nigéria e China. Além disso, também foi constatado que a emigração de cidadãos britânicos foi de 10 mil negativos. Ou seja, mais britânicos deixaram o Reino Unido do que voltaram.

Por que essa mudança está acontecendo?

Com o fim da pandemia, os movimentos migratórios voltaram em todo o mundo. Além disso, os conflitos entre países do Oriente Médio e Leste Europeu, consequentemente também levam muitas pessoas a imigrarem.

No caso do Reino Unido, a mesma pesquisa constatou que o saldo entre imigrantes e emigrantes foi maior que o esperado. Este total foi de 745.000 no ano de 2022.

Apesar do Brasil representar uma minoria neste número, as mudanças afetarão imigrantes de todo o mundo. As regras também impactam aqueles que já vivem legalmente no país e pretendem, por exemplo, trazer cônjuges ou parentes para morar com eles.

O que mudou nas regras de Imigração ao Reino Unido?

As mudanças nas regras de imigração do Reino Unido que mais chamaram atenção foram relacionadas aos vistos pedidos através do PBS, o sistema baseado em pontos, que estava em vigor desde 2020.

A partir de março de 2024, as pessoas que desejam continuar morando no Reino Unido terão que se ajustar a mudanças bastante bruscas.

Àqueles que tem visto de trabalho

Segundo o memorando oficial publicado pelo governo do Reino Unido, quem deseja trabalhar na região deverá ganhar pelo menos 38.700 libras por ano (R$ 240 mil). Um aumento de quase 50% em relação ao salário mínimo exigido atualmente.

Este valor não se aplicará para alguns empregos nas áreas da saúde e assistência social, porém eles não poderão mais levar consigo membros de sua família.

Além disso, o valor também será aplicado às pessoas que já estejam vivendo no país com vistos de família. Estima-se que 70 mil entraram no país com vistos de família de junho de 2022 comparado ao mesmo mês de 2023.

Àqueles que tem visto de estudante

Nos 12 meses até ao final de setembro de 2023, o governo emitiu 486.107 vistos de estudante. Os imigrantes alunos de cursos de pós-graduação também podiam solicitar vistos para dependentes qualificados. No mesmo período citado acima, foram emitidos 152.980 vistos para dependentes.

Mas com essa mudança nas regras, o governo retirará o direito dos estudantes internacionais de trazerem dependentes, a menos que estejam em cursos de pós-graduação designados como “programas de pesquisa”.

Porém, os estudantes que já concluíram a graduação poderão permanecer no Reino Unido por dois anos (três anos para quem tem doutorado) para trabalhar com visto de pós-graduação.

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